terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Sete mortos no acidente em Goiás são do Maranhão

Corpos de sete maranhenses serão transferidos ao estado. Motorista supostamente causador da tragédia na BR-153 diz não ter cometido nenhuma irregularidade.
O ônibus que partiu de Codó e causou o acidente em Goiás, no último sábado, na BR-153, estava operando de forma irregular. A informação é da Polícia Civil de Goiás, responsável pelo caso. De acordo com as investigações, o ônibus estava operando em uma atividade que não tem autorização para este tipo de transporte.

Sete mortos são do interior do Maranhão. As informações oficiais vindas de Minas Gerais dão conta de que Diogo Jackson da S. Melão, Oziro Soares da Silva, João Gomes S. Filho e Antônia Elisângela Melão serão sepultados em Gonçalves Dias; Marina Bezerra Morais e Antônio Pereira da Silva, em Presidente Dutra, e Rosiel de Almeida Freitas, em Fortuna.

Os outros mortos serão sepultados em Minas Gerias, Goiás e Distrito Federal. Vilmar Luiz de Godoi e José Raimundo S.Pereira em Anápolis; Lídia Maria da Cruz, em Minaçu; Larissa Serpa Nascimento, em Águas Lindas, e Laryssa Raynne de Jesus, em Novo Gama, todos em Goiás. Lidimar Vieira de Alencar, em Arinos, Minas Gerais; e Thais da Silva Santos e Juracy Pereira da Silva, em Brasília-DF.

Entre aos feridos que estão no Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo) está uma criança de 8 anos, Ana Cristina Bezerra Silva, que permanece em estado regular, enquanto sua mãe, Maria José Bezerra Silva, foi liberada no domingo. Francisca Cruz Alves Teixeira está em observação, assim como Francisco de Oliveira, após passar por uma cirurgia. O hospital não informou o número exato de pessoas sem identificação, mas a maioria está em estado grave.

No Hospital Municipal de Porangatu as duas vítimas atendidas passam bem, assim como as quatro pessoas que foram para o Hospital de Uruaçu. Em Mara Rosa um número não informado de vítimas recebeu alta e os que estavam em estado grave foram para Hospital de Urgência de Goiânia.

A empresa J. da Silva Turismo foi quem liberou o ônibus dirigido por Francisco Ferreira Ribeiro, de 27 anos, para seguir rumo a Minas Gerais após partir de Codó. A empresa não tem autorização para fazer o transporte de passageiros com paradas ao longo do caminho. O que a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) autorizou a empresa a fazer foi fretamento de passageiros. Com isso, o ônibus deveria ir de Codó direto para o destino, sem paradas para subidas e descidas de passageiros no decorrer da viagem.

O motorista supostamente causador da tragédia foi preso na cidade de Estrela do Norte. O delegado André Campos de Medeiros foi quem o autuou em flagrante por homicídio e lesão corporal. “Testemunhas afirmaram que ele dirigia em alta velocidade e fazia ultrapassagem arriscada, apesar da forte chuva”, disse o delegado.

O próprio delegado coordena as investigações, que teriam achado documentos em meio aos corpos que comprovariam a irregularidade: a possível venda de bilhetes ao longo da viagem a um preço inferior ao de mercado. À polícia, testemunhas disseram que pagaram R$ 170 pela viagem que costuma custar R$ 300.

Outras irregularidades encontradas foram no próprio ônibus, como a falta de cinto de segurança nos assentos do ônibus e o tacógrafo do carro, que estava sem o disco, o que é necessário para registrar a velocidade durante a viagem. Sem este equipamento a velocidade a qual o ônibus desenvolvia no momento da colisão não será conhecida pelos peritos.

Tragédia

O acidente aconteceu no último sábado e deixou 15 mortos, além de 30 feridos. Ao todo, 82 passageiros estavam nos dois automóveis. O ônibus causador do acidente saiu de Codó com destino a São Gotardo-MG. O outro ônibus saiu de Brasília e ia para Minhaçu-MG. A colisão foi frontal, após uma tentativa frustrada de ultrapassagem.

O motorista apontado como causador do acidente negou que estava cometendo excessos na estrada: "Não tenho nem como explicar. Eu pisei no freio e o ônibus saiu da pista”. Mesmo com testemunhas alegando que Francisco Ribeiro estava em alta velocidade e outras imprudências durante a viagem, ele negou e disse que estava a 70 km/h no momento da tragédia. O outro motorista foi enterrado ontem no Distrito Federal.
 
Fonte: O Imparcial
Edição: Cícero Ferraz

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