domingo, 14 de outubro de 2012

Policiais ocupam comunidades de Manguinhos e Jacarezinho no Rio

Operação durou cerca de vinte minutos e foi realizada sem praticamente nenhuma resistência
Vinte minutos depois que policiais civis e militares deram início à operação de pacificação nos complexos de Manguinhos e Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, as duas áreas foram controladas pelas forças de segurança, informou a Secretaria de Segurança Pública do Estado, neste domingo.

De acordo com o comunicado, a operação contou com o apoio dos Fuzileiros Navais e efetivos da Polícia Rodoviária Federal, sem encontrar resistência. Na ocupação, anunciada na sexta-feira passada, participaram 1,5 mil homens, entre policiais e fuzileiros navais, e contou com o apoio de seis blindados da Marinha.
Os membros das forças de segurança entraram no complexo por volta das 5h e utilizaram retroescavadeiras para retirar as barreiras que os traficantes utilizavam para bloquear os acessos às favelas de Manguinhos, do Jacarezinho, Mandela 1 e 2 e Varginha.

Os primeiros a entrar em Manguinhos foram os membros do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militarizada (Bope), que utilizaram veículos blindados para chegar rapidamente aos locais estratégicos e controlá-los. Jacarezinho, por outro lado, foi ocupada por membros da Polícia Civil. Com exceção de alguns fogos de artifício com que os traficantes anunciam a chegada da polícia e de disparos esporádicos, as comunidades foram ocupadas sem nenhum confronto.

Aparentemente, como ocorreu em outras ocupações similares que são anunciadas previamente, os bandidos fugiram antes da chegada das forças de segurança pública nas favelas. Mas ao contrário de operações anteriores, quando a polícia anunciava a data da ocupação e facilitava a fuga dos traficantes, nesta ocasião o Bope realizou operações prévias nas favelas para as quais os traficantes poderiam ir em fuga.

Foi em uma destas operações, no Morro do Juramento, que aconteceu um confronto na manhã do sábado, no qual morreram cinco supostos traficantes que fugiam de Manguinhos.

Segundo balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, nessas operações que antecederam a ocupação, a PM deteve 33 suspeitos e apreendeu três fuzis, 14 pistolas, dois revólveres, uma metralhadora, uma escopeta e cinco granadas.

Também foram apreendidas 2.545 pedras e 1.174 gramas de crack, 86 frascos de loló, 9.373 pedras, 720 sacolés, 7.866 cápsulas e 40 kg de cocaína, e também 10.954 trouxinha, 51 tabletes e 4 kg de maconha.

No Jacarezinho, a Polícia Civil apreendeu 1 mil cápsulas e 30 kg de cocaína, além de 230 munições de 9 mm. Um suspeito foi detido e um menor apreendido. Também foram apreendidos 21 veículos e outros 3 recuperados.

Na Nova Holanda, os policiais civis também prenderam dois suspeitos e apreenderam 4 máquinas caça-níqueis, 27 placas de computador, 32 noteiros, uma pistola e carregadores.

O Governo do Rio de Janeiro pretende instalar nas favelas recuperadas este domingo Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), com que as autoridades recuperam áreas antes dominadas por grupos criminosos.

Até o momento a Polícia instalou UPPs em 28 favelas ou comunidades, incluindo o Complexo do Alemão, que era o principal reduto do Comando Vermelho, a maior organização criminosa do Rio de Janeiro, e a Rocinha, a maior favela do Brasil.

As forças das Polícia Militar, Civil e Rodoviária Federal seguem nas duas comunidades em busca de criminosos e apreensões de armas, drogas e objetos roubados.


A Secretaria de Segurança Pública informa que todos os moradores das comunidades devem andar com documentos de identificação e os motoristas e motociclistas serão solicitados a mostrar documentos de propriedade de seus veículos, bem como a carteira de habilitação.

Às 10h, será realizada uma cerimônia de hasteamento das bandeiras do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro na comunidade de Manguinhos, no local conhecido como Praça do Meio. Às 11h, representantes das forças de segurança e o secretário José Mariano Beltrame realizarão coletiva sobre a operação.

Fonte: IG
Edição: Cícero Ferraz

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